Quarto da Judith
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Quarto da Judith
Quarto da Judith
O considerado cômodo mais simples da casa, Judith apenas pedira para ter uma estante com todos os seus livros e DVD's favoritos e uma pequena salinha ao lado de sua cama, onde poderia deitar no sofá e relaxar enquanto assiste a TV.
Luviour- Administradora(o)
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Re: Quarto da Judith
Where's my blood?
Your blood taste so good... I guess I'll crush your stock. Can I?
As caixas ainda estavam fechadas, e quem sabe, na hora, Judith estava disposta a desfazê-las. Iria fazer algum tempo que elas estavam intactas, e sua vontade era de queimar uma parte delas, a qual mantinha suas memórias, as mais tristes e sem sentido. Porque um vampiro tinha de, no fundo de sua humanidade, sofrer mais intensamente? Ela era a única que não sabia.
Por azar, a primeira caixa que abrira foi a das memórias, onde estava seus inúmeros diários, as inúmeras fotos - apenas as de quando era humana, ainda - e alguns pertences de sua mãe, de seu pai e do resto de sua pequena família. Mordiscou levemente o lábio, mas de raiva? Ou tristeza? Quem sabe os dois. A loirinha apenas pegou o primeiro porta-retrato que tinha dentro do papelão, e limpou o seu vidro da poeira. Era a foto de que tirara antes da sua apresentação que, de prêmio, ganhara o passaporte para o famoso RMS Titanic. Os olhos de sua mãe estavam avermelhados e enxaguados pelas lágrimas, e os de seu pai, estavam quase iguais, só que nem tanto quanto os da outra. Judith, na foto estava com o seu mesmo cabelo de sempre, loiro quase branco em maria chiquinhas, seus olhos com um pesado rímel e uma roupa de bailarina, mas ao invés de ser um rosa-bebê, ela vestia um preto, o qual destacava sua pele, ainda mais no preto e branco da imagem.
Ela lembrava de cada momento que passara pela apresentação. A tranquilidade, os passos, a dor em seus dedões por estar mais de duas horas na ponta... Tudo. Os jurados chorando de emoção e a sua mãe, no fundo da platéia, com o olhar enfurecido por ver que sua filha alcançara o maior desafio que ela fizera. Já seu pai.. Estava ausente no momento. Problemas no trabalho, ainda mais por ter sido telégrafo. As luzes iam em sua direção, e o teatro inteiro olhava com orgulho para a adolescente americana de quinze anos que conquistou o coração da Inglaterra. E os aplausos? Era uma orquestra tão linda de se ouvir, para os tímpanos da vampira. Mas a única coisa que ela queria, era o orgulho da mãe...
Não. Não era disso que ela queria. Ela queria apenas um agradecimento da mãe, mas nada demais. O que ela esperou por quinze anos, já acontecera, não? A noventa e oito anos atrás, quando o navio simplesmente afundara graças à geleira. Mas... Ela não tem o que ela almeja por tanto tempo, que era o coração de seu amado Vlad. Provavelmente ela nunca o teria. E foi só em pensar nessa hipótese que seus olhos lacrimejaram violentamente e algumas lágrimas escorreram. Era inevitável que isso fosse acontecer, e simplesmente, aconteceu. Depois de tantas décadas, ela chorou por amor, chorou por desejo, apenas... Chorou.
Limpando rapidamente as lágrimas, Judith decidiu guardar todas aquelas memórias, acabando por colocá-las na estante onde tinha seus livros, DVD's, vinis e etc. Era hora de aprender a se acostumar a ter seu lado humano ligado o tempo todo. Mas tinha de controlar a si mesma, afinal, ela não queria chorar o tempo inteiro.
─ Vai ser uma merda daqui em diante... Mas ninguém mandou a vida ser uma comédia de merda, não? ─ ela sussurrava para si mesma enquanto ajeitava suas coisas.
Por azar, a primeira caixa que abrira foi a das memórias, onde estava seus inúmeros diários, as inúmeras fotos - apenas as de quando era humana, ainda - e alguns pertences de sua mãe, de seu pai e do resto de sua pequena família. Mordiscou levemente o lábio, mas de raiva? Ou tristeza? Quem sabe os dois. A loirinha apenas pegou o primeiro porta-retrato que tinha dentro do papelão, e limpou o seu vidro da poeira. Era a foto de que tirara antes da sua apresentação que, de prêmio, ganhara o passaporte para o famoso RMS Titanic. Os olhos de sua mãe estavam avermelhados e enxaguados pelas lágrimas, e os de seu pai, estavam quase iguais, só que nem tanto quanto os da outra. Judith, na foto estava com o seu mesmo cabelo de sempre, loiro quase branco em maria chiquinhas, seus olhos com um pesado rímel e uma roupa de bailarina, mas ao invés de ser um rosa-bebê, ela vestia um preto, o qual destacava sua pele, ainda mais no preto e branco da imagem.
Ela lembrava de cada momento que passara pela apresentação. A tranquilidade, os passos, a dor em seus dedões por estar mais de duas horas na ponta... Tudo. Os jurados chorando de emoção e a sua mãe, no fundo da platéia, com o olhar enfurecido por ver que sua filha alcançara o maior desafio que ela fizera. Já seu pai.. Estava ausente no momento. Problemas no trabalho, ainda mais por ter sido telégrafo. As luzes iam em sua direção, e o teatro inteiro olhava com orgulho para a adolescente americana de quinze anos que conquistou o coração da Inglaterra. E os aplausos? Era uma orquestra tão linda de se ouvir, para os tímpanos da vampira. Mas a única coisa que ela queria, era o orgulho da mãe...
Não. Não era disso que ela queria. Ela queria apenas um agradecimento da mãe, mas nada demais. O que ela esperou por quinze anos, já acontecera, não? A noventa e oito anos atrás, quando o navio simplesmente afundara graças à geleira. Mas... Ela não tem o que ela almeja por tanto tempo, que era o coração de seu amado Vlad. Provavelmente ela nunca o teria. E foi só em pensar nessa hipótese que seus olhos lacrimejaram violentamente e algumas lágrimas escorreram. Era inevitável que isso fosse acontecer, e simplesmente, aconteceu. Depois de tantas décadas, ela chorou por amor, chorou por desejo, apenas... Chorou.
Limpando rapidamente as lágrimas, Judith decidiu guardar todas aquelas memórias, acabando por colocá-las na estante onde tinha seus livros, DVD's, vinis e etc. Era hora de aprender a se acostumar a ter seu lado humano ligado o tempo todo. Mas tinha de controlar a si mesma, afinal, ela não queria chorar o tempo inteiro.
─ Vai ser uma merda daqui em diante... Mas ninguém mandou a vida ser uma comédia de merda, não? ─ ela sussurrava para si mesma enquanto ajeitava suas coisas.
I think that you're blood is mine.
Convidad- Convidado
Re: Quarto da Judith
COLD SEA
PLEASE, DON'T LET ME SINK
PLEASE, DON'T LET ME SINK
“ | I stood at the shore and spoke to the ocean, I stood in the water and let my guts spill. I said "you and me, we're not so different, i see my reflection in all that you do. We both keep our secrets... We're both, oh so blue. My heart is full of darkness and I know that yours is too. |
Ela se calara, principalmente depois da forma que o rapaz havia falado com ela. Seus olhos poderiam muito bem ter lacrimejado, mas ela segurou, apenas sendo levada até o seu quarto. Sua cabeça virou um maremoto de pensamentos, e, assim que chegara na porta do cômodo, ela apenas desceu das costas de Vlad. Judith apenas se virou para o vampiro e respirou fundo. Obrigada. - disse ela, antes de entrar no quarto e fechar a porta na cara do mais alto. Sem demora, ela se jogou na cama, ficando a pensar por debaixo do edredom.
Convidad- Convidado
Re: Quarto da Judith
Limitou-se a sorrir, e então saiu dali. Talvez fosse deitar depois de tudo que ocorrera, ou então, finalmente, poderia treinar sua esgrima.
Vlad Draculea- Vampiro(a)
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Ficha do personagem
Resumo do Personagem:
Ranking de Batalhas:
(3/100)
Reputação:
(4/100)
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